Por um plano municipal do livro, leitura, literatura e bibliotecas

Na última terça-feira (24), entregamos ao senhor prefeito Luciano Almeida a proposta de um Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (PMLLLB). Elaborado ao longo de mais de um ano, o plano entregue ao prefeito foi produzido coletivamente – e contou, em seu processo de construção, com a colaboração de professores e professoras, bibliotecários e bibliotecárias, especialistas na área da leitura e literatura e, claro, com leitores e leitoras. De igual sorte, tivemos também o apoio do Conselho Regional de Biblioteconomistas (CRB8) – que muito contribuiu e nos apoiou durante todas as fases de escrita desse plano e também esteve representado nas quatro reuniões públicas que realizamos e, ainda, na audiência pública que encerrou o período de reflexões e debates que sustentam a proposta.

E o que pretende esse plano e qual sua importância – pode estar se perguntando o leitor e a leitora. Marco na luta de nosso mandato pela educação municipal (pelas bibliotecas, pelo universo do livro e da leitura), o Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (PMLLLB) entregue ao Executivo objetiva dar caminhos a curto, médio e longo prazo para que a cidade de Piracicaba possa vir a ser um dia, de fato, uma “cidade-leitora” – e, quiçá, sirva de modelo parar as demais cidades de nossa região metropolitana. Afinal, apesar de previsto nos planos nacionais da área – a saber, na Política Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e no Plano Nacional de Leitura e Escrita (PNLE) –, apenas 153 municípios do Brasil possuem hoje o seu Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.

Fundamental para o desenvolvimento do país, para a expansão do conhecimento, para compreensão da realidade e para a própria compreensão dos cidadãos e cidadãs como sujeitos de sua própria história – capazes de conhecer melhor o mundo que o cerca – é a habilidade de leitura e a escrita uma das grandes dificuldades enfrentadas diariamente no processo ensino-aprendizagem dentro e fora das escolas. Não à toa, por exemplo – e ao que pesem os esforços hercúleos de professores e professoras país afora – o Brasil ocupa hoje a 52º posição, dentre 57 países, no ranking do Pirls (sigla em inglês para “Estudo Internacional de Leitura”, desenvolvido pela IEA, Associação Internacional para a Avaliação de Conquistas Educacionais) no que diz respeito à capacidade de leitura de crianças no quarto ano do ensino fundamental.

Nesse sentido, o plano entregue ao executivo municipal nesta semana estabelece – por meio de ações objetivas e pontuais – propostas de incentivo, valorização, reconhecimento, ampliação e modernização do imenso universo no qual se insere a leitura (propostas essas que contemplam desde a ampliação de bibliotecas, ao incremento e financiamento de atividades de leitura, de formação de mediadores de leitura, de formação de contadores de histórias até ao estimulo à produção escrita, à criação de cursos de licenciatura em Letras e ao desenvolvimento do mercado editorial para pequenas e médias empresas – dentre tantas outras propostas).

Área do Cidadão

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