A união de esforços na solução dos problemas da saúde

No último dia 21 de março, em parceria com a deputada estadual Ana Perugini, realizamos no plenário de nossa Câmara Municipal uma audiência pública sobre o sistema Cross – sistema que regula a oferta de vagas hospitalares no serviço público de saúde. A audiência reuniu médicos, outros profissionais da saúde, pessoas ligadas à área e usuários da rede. Entre os presentes, cabe destacar também o secretário municipal de Saúde e vice-prefeito, Sérgio Dias Pacheco Junior, e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Paulo Soares.
Nome pouco conhecido por quem não atua na área, Cross é a sigla para a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde. Trata-se de uma equipe com médicos, enfermeiros e agentes de apoio administrativo, capacitada em regulação, que recebe as solicitações de recursos (como são chamados os pedidos por exames, leitos e consultas, por exemplo) inseridas no Siresp (Sistema de Regulação do Estado de São Paulo) pelos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS (Sistema Único de Saúde), tais como a Santa Casa e o Hospital dos Fornecedores de Cana, no caso de Piracicaba. A partir disso, o Cross avalia a pertinência da solicitação e classifica e prioriza as necessidades de assistência, visando à busca do recurso requerido no menor tempo possível.
Nesse sentido, a audiência pública sobre o Cross abriu espaço para que os diferentes atores que lidam com esse serviço – inclusive usuários – expusessem suas opiniões para o aprimoramento dessa ferramenta. Na oportunidade, reafirmamos publicamente que nós também, vereadoras e vereadores, temos uma demanda imensa por pedidos que chegam da população referentes a vagas para internação, consultas e exames laboratoriais ou de alta complexidade – sendo essa, com toda certeza, uma das urgências de nossa população. Na mesma trilha, explicitamos mais uma vez a necessidade de o Sistema Cross funcionar de forma ainda mais correta, atendendo com presteza a todas as pessoas – e que sejam elas, também, atendidas de maneira igualitária, sem se preterir a ninguém.
Diante dessa necessidade, a audiência pública estabeleceu como encaminhamento a proposta de se exigir e se criar meios para que o funcionamento da regulação de vagas na saúde seja mais transparente e aconteça de maneira a possibilitar que a sociedade possa acompanhar a execução desse serviço. Entendimento coletivo durante a audiência, a medida não só garantiria a todos a noção do tempo de espera na fila por exames e consultas como forneceria um panorama sobre os atendimentos mais requisitados e a necessidade de investimentos para se ampliar a oferta de cada um deles.
Por fim, destacamos que a audiência realizada se constitui ainda como um importante instrumento para que a melhoria desse sistema se dê – de fato – de maneira regionalizada. Afinal, e enquanto sede de uma região metropolitana – tendo inclusive um hospital regional aqui estabelecido – faz-se evidente o entendimento de que as soluções para a questão das vagas hospitalares e outros problemas referentes à saúde pública de nossa cidade e região só serão possíveis se pensadas regionalmente – estando seus atores prontos para o diálogo, tal como aconteceu em nossa audiência.
Disso concluímos, portanto, que é na união de esforços entre todos os atores envolvidos, na comunhão das câmaras legislativas – municipal e estadual – e no desenvolvimento coletivo de nossas atividades e de nosso trabalho é que poderemos encontrar caminhos para que esses e outras demandas cruciais de nossa sociedade sejam resolvidas.