Após um mês, ameaça à vereadora segue sendo investigada pela polícia
Um mês após ameaças de estupro, tortura e morte serem feitas à vereadora Rai de Almeida (PT), a Polícia Civil de Piracicaba segue com inquérito aberto e investigando o caso. Ao longo do último mês, a polícia ouviu testemunhas, a própria vereadora e um possível suspeito cujo nome aparece no email por meio do qual as ameaças foram feitas à parlamentar.
Dada à gravidade das ameaças e também para não atrapalhar as investigações – e ainda não expor ou comprometer pessoas antes que qualquer definição aconteça – nomes e mesmo a íntegra da mensagem permanecem em sigilo. “Preferimos manter ainda ocultos nomes e outras referências que constam no texto da ameaça porque não há ainda nenhuma comprovação de que o autor das ameaças não tenha usado o nome de terceiros” – comenta a vereadora Rai de Almeida.
“Por uma questão de cuidado com o outro, nós preferimos até aqui não divulgar a íntegra do conteúdo das ameaças criminosas dirigidas a mim. Apesar da gravidade dos fatos, tivemos a sensibilidade de não expor nomes e o nojento conteúdo das ameaças. No entanto, passado um mês do ocorrido, retornamos a público para dar uma resposta à sociedade e dizer que o inquérito segue aberto e que continuamos buscando e cobrando respostas” – diz Rai.
A vereadora também destaca ainda a virulência de alguns internautas que – nas redes sociais e em comentários a publicações da imprensa referentes às ameaças sofridas por ela – por vezes amplificam um discurso de ódio que de alguma forma é dirigido não apenas a ela, vereadora, mas às mulheres – em específico – e à classe política de modo geral. “Estamos monitorando também esses ataques. Há muita violência explícita nas redes. As coisas não podem se dar dessa forma. Não podemos banalizar esse tipo de violência” – comenta Rai.