Vereadora Rai entra com representação no Comissão de Ética contra vereador Polezi
Na manhã desta segunda-feira, 28 de março, a vereadora Rai de Almeida (PT) protocolou na Câmara Municipal uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o vereador Fabrício Polezi (Patriotas), alegando que “na sessão ordinária do último dia 14 de março, o vereador ora representado, em falas proferidas da tribuna da Casa (em sessão online), agiu de modo descortês e agressivo passando a, de modo vil e atentatório ao dever ético e de decoro, a difamar e a caluniar tanto ao meu partido como a mim própria, imputando-me a prática do crime de quadrilha.”
De acordo com a vereadora, naquela oportunidade o vereador Polezi afirmou que “o PT é um partido que não devia nem existir. Não tem como defender. Tinha que ser fechado esse partido”. Na sequência, ainda de acordo com o que destaca a vereadora Rai, o vereador ofendeu também pessoalmente a deputada estadual Professor Bebel, dizendo sobre ela que: “a deputada Bebel, ela é hipócrita, mentirosa, perseguidora, persegue professor, persuade. ” E complementou, entre outras afirmativas, explicitando que: “essa gente que sofre de desonestidade intelectual, vive gritando que foi golpe na presidente Dilma. Com certeza essa gente não faz ideia do que é golpe. Na verdade, foi um contragolpe. Contragolpe do povo, essa quadrilha pertencente ao foro de São Paulo, que estava sugando (...) pra financiar o genocida comunista por toda parte. Essa gente só pensa em roubar, e eu provo aqui” (SIC).
A vereadora reiterou em sua representação o que já havia dito na sessão ordinária do último dia 14 de março, destacando que no seu entender o vereador Polezi lhe fez uma acusação explícita, visto que ela faz parte do partido político que ele qualificou de quadrilha. Destacou Rai: “me chamou de quadrilheira”. Para Rai, com tal atitude o vereador agiu de modo indecoroso, não podendo ela se calar diante de tais posturas.
“Ele me caluniou e, adicionalmente, me inseriu – com a sua sanha preconceituosa e difamatória contra os integrantes do Partido dos Trabalhadores – entre os acusados de formar quadrilha. É crime o que esse vereador cometeu nessa sessão pública da Casa Legislativa e, por isso, precisa responder legalmente pelos seus atos e – ao final – ser punido,” complementou a vereadora Rai de Almeida.
O requerimento da vereadora toma por base que a “a atitude destemperada e agressiva contra a integridade moral da aqui representante constitui flagrante afronta ao dever de conduta ética que ao tomar posse o parlamentar se obrigou a respeitar”, ferindo o Código de Ética e Decoro Parlamentar, em sua Resolução 09, de 21 de setembro de 2006, especialmente no artigo 3º dessa resolução, que diz se constituírem falta contra a ética parlamentar “desacatar ou praticar ofensas físicas ou morais, bem como dirigir palavras injuriosas aos seus pares” e ainda “acusar Vereador, no curso de uma discussão, ofendendo sua honorabilidade, com arguições inverídicas e improcedentes”.
A vereadora Rai de Almeida afirma ainda esperar que sua representação possa ser exemplarmente acolhida pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, uma vez que à tal representação juntam-se vozes diversas que vêm questionando a postura que esse vereador vem assumindo ao longo de seu mandato.