Por um hospital para mulheres!

Por: Rai de Almeida Em: 2 de outubro de 2022

A ciência caminha, felizmente, sempre a passos largos no que diz respeito – em especial – à saúde, à cura de enfermidades e seus males. Da mesma forma – e como parte das ciências humanas – também a psicologia, a sociologia e outros campos do saber focados no conhecimento acerca do humano igualmente se destacam nacional e internacionalmente por conta de notáveis avanços que – quiçá – precisam seguir, cada dia mais, em fluxo contínuo. No entanto, e paradoxalmente, muitos dos avanços da ciência levam tempo até chegarem à linha de frente na qual a população – via de regra – espera por eles. Quer dizer, enquanto a ciência caminha para encontrar a cura do câncer, faltam insumos básicos nos hospitais públicos.

No que diz respeito à mulher, então, esse abismo entre o avançado e a realidade do dia a dia é ainda mais explícito e vexatório. Num mundo em que as mulheres são a maioria, cumpre reconhecer que a medicina, por exemplo – tão avançada no que diz respeito à saúde da mulher – na maioria das vezes não consegue chegar por inteira à mulher que espera atendimento numa fila de hospital ou posto de saúde. Da mesma forma, igualmente não chega a ela, pela precariedade de atendimentos e estruturas, o que há de específico para sua saúde. Quando essa mulher é vítima de violência, a falta de protocolos específicos, de cuidados especiais e de atenção responsável e adequada é ainda mais gritante.

Almejar, assim, um hospital voltado às mulheres de Piracicaba e região metropolitana não é de forma alguma pleitear privilégios, luxos ou exaltar qualquer separatismo ou incrementar uma “guerra dos sexos” – mas é, sim, uma questão de justiça e equidade. Num cenário complexo e que urge ser renovado, melhorado, ampliado e modernizado, a área da saúde em Piracicaba e de nossa região metropolitana tem condições de oferecer, via SUS, esse atendimento especializado às mulheres – apontando para o que há de melhor nessa seara, reduzindo filas nos postos de saúde e liberando vagas para o público em geral que procura nessas unidades soluções paras os mais diversos casos.

Em conversa com os diretores do Hospital Regional no mês passado, pude debater com eles essa proposta – e recebi a informação de que esse é também um desejo da direção desse hospital, vocacionado para cirurgias e que precisa ser ampliado – a partir de investimentos públicos – para atender mais especialidades dentro do campo cirúrgico e, porque não, tornar-se pioneiro em nossa região metropolitana no que diz respeito à saúde da mulher e às especificidades de seu corpo e das doenças que a acometem. Diante disso, importa afirmar que seguiremos nessa luta e não mediremos esforços para que o Hospital Regional seja também especializado no atendimento e tratamento da mulher.

Para conseguirmos atingir tal intento, no entanto, cabe discutir a saúde pública em nossa cidade e região, propondo ações concretas que possibilitem que a população – indistintamente – tenha atendimento eficiente, rápido e de qualidade. Assim, rediscutir as vocações dos hospitais e demais unidades de saúde, refletindo sobre suas estruturas, problemas, desempenhos e possibilidades de melhorias é parte do caminho para se oferecer qualidade de atendimento a todos e todas.

Afinal, se modernizar a saúde é uma luta que urge ser travada, oferecer à mulher condições para que seja tratada com o respeito, dignidade e a especificidade que lhe são de direito é uma batalha que está no centro da minha vida política e de meus mandatos. Sigamos firmes!

Área do Cidadão

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